terça-feira, 27 de agosto de 2013

Frederico Menezes - Palestra sobre Transição Planetária na cidade de Parelhas-RN.

Frederico Menezes estará conosco mais uma vez na nossa Jornada Espírita que acontecerá durante todo o mês de novembro e encerra-se em 6 de dezembro. Além de Frederico, teremos outros expositores, que em breve estaremos divulgando em nosso blog e no facebook. Essa palestra aconteceu em 26 de outubro de 2012.

Entrevista com espírita falando sobre reencarnação e vida pós morte

Wanderley Filho entrevista Frederico Menezes, um palestrante espírita que também é médium conhecido em todo o Brasil. O bate-papo é sobre o que pensa o espiritimos sobre vários temas que são mistérios para a humanidade. Publicado em 27/10/2012 pela TV Seridó

domingo, 18 de agosto de 2013

PROGRAMA TRANSIÇÃO 228 - Saúde no Novo Milênio

A uma grande mãe, o carinho de seus filhos

Acordo tarde, à tarde, e recebo a notícia: Maria Dagmar Falcão de Melo, nossa querida Dona Dagmar, já não partilha conosco as experiências na carne. Nos últimos dias, assim como os seus familiares (meus queridos amigos), todos nós, que amamos essa mulher exemplar, contávamos com a possibilidade desse desfecho, em razão de seu estado de saúde. Como os seus familiares também sabemos que a morte é um portal inevitável, através do qual retornarmos à nossa natureza mais profunda: à condição espiritual, essência incriada e permanente, sublime mistério gerador de todas as formas impermanentes. Ainda assim, uma lágrima e uma dor suave e resignada marcam os nossos corações nesta luminosa tarde de agosto.

Sim, como os seus familiares e amigos, eu também queria que essa mãe de tantos filhos, em tantas famílias, em tantos lugares e há tanto tempo - família imensa na qual me incluo - permanecesse um pouco mais junto a nós, em sua expressão corpórea. E assim outras vezes eu poderia ouvir suas palavras carinhosas e sentir o seu afago maternal ao chegar ao LEAN para uma palestra de domingo. 
Compreensível expressão de nossa condição humana, egóica e ávida em prender tudo o que nos beneficia, até ao extremo de querer reter o pássaro livre em seu vôo improrrogável.


Mas uma mulher da estirpe de Dagmar Melo destaca-se principalmente nessa hora de despedida e saudade e nos faz ver além de nossas carências e desejos.

Já não há só uma lágrima e uma dor resignada no fundo de nossos corações. Há também - e, sobretudo - gratidão e contentamento por termos sido agraciados com a bênção de sua companhia em produtivo aprendizado. 

Quando eu olhar, daqui a pouco, para o seu corpo imóvel, lembrarei ainda mais fortemente da Dagmar destemida que construiu, ao lado de nosso saudoso José Melo, uma história de realizações numa época na qual lidávamos com imensos obstáculos sociais em nosso país. 

Lembrarei de sua fé em Deus e na vida e sua disposição de correr riscos por seus ideais. E, para quem quiser ouvir, poderei testemunhar o que vi em dias inesquecíveis de minha juventude.

O que levaria um casal, então bem sucedido em empreendimentos comerciais, a colocar no centro de sua vida uma religião então discriminada - e até perseguida - em nossa sociedade? Sobretudo, a fé e coragem de Dagmar.

Aos mais velhos poderei dizer: quem não lembra da casinha humilde em que a Federação Espírita do RN funcionava, nos anos 60, que depois cederia lugar a um prédio amplo e mais adequado à expansão de suas atividades? Todos certamente lembrarão. Mas... e quem lembra de que o edifício imponente foi quase todo erguido, silenciosamente, com os recursos do casal Melo, sem que estes desfrutassem de qualquer benefício fiscal?

Quem não lembra de Divaldo Franco e outros expoentes da divulgação espírita aportando em Natal para programações inolvidáveis, apesar da pobreza generalizada dos centros espíritas de então? E quem garantia a presença desses luminares entre nós? O silencioso casal Melo.

E quem não lembra das COMENs,confraternização de jovens espíritas, berço da atual CONFERN, nascida do idealismo de José Augusto e Armando Tomaz, mas viabilizada no então sítio do casal Melo, em Parnamirim, terra fértil que chegou a receber toda a cúpula dirigente do movimento espírita nacional e em cujas cercanias, anos depois, surgiria pela iniciativa de Dagmar - agora auxiliada por seu filho e grande divulgador da causa espiritual Jacob Melo - a obra respeitável do Lar Espírita Alvorada Nova, o LEAN.

São obras físicas, visíveis, importantes e indispensáveis, mas infinitamente menores que o bem oculto que Dagmar Melo proporcionou a corações e mentes que foram o alvo de seu trabalho como médium, como evangelizadora, como mãe adotiva e como mãe espiritual de tantos ao longo de uma vida corpórea florescente e útil até os seus últimos dias.

Lembrarei, diante de seu corpo, do seu carinho de mãe e sua firmeza de mestra para comigo. E de sua ousadia, só possível aos de fé inabalável em Deus e na vida.

O que levaria aquela mulher a confiar num menino de 17 anos - eu, no início dos anos 70 - e a entregar-lhe a secretaria da Federação Espírita senão uma profunda fé em Deus e na criatividade da vida? Mais: a levar esse menino a Brasília e colocá-lo entre os quase anciãos do Conselho Federativo Nacional da FEB e a conduzí-lo à Mansão do Caminho, abrindo-lhe a intimidade de Divaldo Franco. Para mim, bastaria isso para revelar o espírito vanguardista de Dagmar Melo, uma mulher que, com os pés na tradição, nunca deixou de levantar os braços para as surpresas do infinito.

Para quem quiser, velhos e jovens, darei meu testemunho sobre essa irmã valoroza com quem caminhei em um trecho marcante de minha trajetória e cujo exemplo continua a inspirar-me frente a muitos desafios da vida.

Sei, no entanto, que meu relato é resumo impreciso e parcialíssimo da vida rica e abençoada de Dagmar. E se o faço agora é porque, já não mais na dor e sim no contentamento de uma celebração de amor e fé, quero juntar-me aos corações que em voz alta ou em silêncio certamente abençoam esta querida irmã em um coro de gratidão.

Obrigado, Dona Dagmar. Do fundo do meu coração, obrigado à senhora e a Deus, amor de nosso amor, fonte e liga de nossas vidas e de nossa celebração.
Louvado seja Deus.

Por Jomar Morais

terça-feira, 13 de agosto de 2013

PRECONCEITO CONTRA O ESPIRITISMO



Ainda existe, em maior escala do que se pensa, o medo do Espiritismo. Há pouco, fomos procurados por uma pessoa que, sentindo evidentes perturbações de origem mediúnica, e tendo percorrido os consultórios de psiquiatria, vira-se obrigada a recorrer aos “recursos espirituais”, segundo dizia. Quando soube que não estava tratando com um “espiritualista”, mas com um espírita, assustou-se de tal maneira, que viu-se forçada a confessar o seu medo. “Se eu soubesse que o senhor era espírita - declarou - não o teria procurado.”

A verdade é que, apesar disso, acabou se convencendo de que o Espiritismo poderia ajudá-la, e mais tarde tornou-se espírita. Mas não foi muito fácil arrancar-lhe da mente o pavor doentio que lhe haviam infundido. Sacerdotes, pessoas da família, amigos e médicos, todos haviam contribuído para que o medo se enraizasse em sua alma. Terrível medo, que a desviava da única solução possível para o seu problema.

E o que é mais curioso, a maior contribuição para esse estado de temor foi dado por certas publicações espiritualistas, que apesar de admitirem a reencarnação e a lei de causa e efeito, condenam a mediunidade, pintando-a com as mais negras pinceladas.

O preconceito anti-espírita assemelha-se muito à prevenção contra o Cristianismo, no mundo antigo. As pessoas que temem o Espiritismo não conhecem a doutrina, dão ao termo aplicações indevidas, perdem-se num cipoal de lendas e suposições a respeito das sessões espíritas. Em geral nos acusam de endemoniados, necromantes, feiticeiros e coisas do mesmo teor, como faziam gregos e romanos com os cristãos primitivos. E essas deturpações do Espiritismo não são apenas orais, correndo entre pessoas simples. Figuram também em publicações eruditas, revistas, jornais, livros de ensaios e estudos, com signatários cultos.

Pitágoras já dizia que a Terra é a morada da opinião. E como a opinião é a coisa mais frívola que existe, a mais incerta e a mais irresponsável, não é de admirar que tanta gente opine sobre o que não conhece. Mesmo entre os letrados, a opinião é um hábito enraizado. Mas é evidente que, quando se trata de uma doutrina espiritual, esposada por tantos homens de projeção no mundo das ciências e do pensamento, em todo o mundo, as pessoas de cultura, ou mesmo de mediana cultura, deviam ter mais cautela ao se manifestarem a respeito. Porque se é livre o direito de opinar, não é menos livre o direito de se julgar o senso de responsabilidade de quem opina.

O maior motivo de temer do Espiritismo é o próprio temor. Ou seja: é a covardia humana, essa terrível covardia que faz os homens estremecerem de horror diante do perigo de mudarem de posição diante da vida e do mundo. O Espiritismo, entretanto, não exige outra mudança, senão a da concepção estreita de uma vida utilitarista e falsa, para a ampla concepção de uma vida espiritual, profunda e verdadeira.

Quanto ao problema das relações com o mundo invisível, o Espiritismo não estabelece essas ligações, que existem na vida de todas as criaturas, mas apenas as explica e orienta, dando-lhes o verdadeiro sentido no processo da existência.

Temer o Espiritismo é temer a verdade, que os seus princípios nos revelam, apesar de todos os que lutam para deturpá-los.

Do livro “O Homem Novo” - Herculano Pires

* * * * * *
De todas as forças que oprimem o Espiritismo, a que mais o tem prejudicado é a “força do preconceito”. (...) A força do preconceito, para muitos, tem mais poder que a verdade. É este um dos motivos que impede a marcha ascensional do Espiritismo entre nós. (Cairbar Schutel, no livro “Os Fatos Espíritas e as Forças X” - 1926)

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A MÃO DO HOMEM


A mão do homem tem algo de divino na sua estrutura, esperando o comando espiritual para grandes realizações. Convém a cada criatura exercitar os dez dedos, deixando-os ser direcionados pelo amor em Cristo.
 
Vejamos o que fazemos com as nossas mãos todos os dias; elas são instrumentos de Deus para a nossa felicidade. Já analisou o que elas podem fazer e têm feito? Quantas oportunidades não encontramos para servir com as nossas mãos? Quantos modos de servir aos outros pelas mãos? Quantos modos de abençoar o que a vida nos oferece pelas suas mãos?
 
A Natureza não se esqueceu de dotar os seres humanos com essas maravilhas que se chamam mãos. No entanto, foi preciso que o Grande Mestre se deslocasse dos planos superiores para ensinar aos homens, dando serviço honesto às suas mãos. Ele deu exemplo, tocando os enfermos e curando-os, dando vista aos cegos pelo calor de Suas mãos divinas, multiplicando os pães ao seu toque, transformando a água em vinho, pelo calor das Suas mãos angelicais, levantando caídos e fazendo andar paralíticos, curando leprosos e emitindo fluidos de luz para os desesperados... A postura de Suas mãos fala do Seu entusiasmo no bem comum.
 
As mãos ajustadas nos braços oferecem mensagem para o entendimento de sua missão em muitas coisas, para o engrandecimento da vida, o consolo dos tristes e mesmo para o toque, ao se cumprimentar os companheiros. Quantos escritores não fazem maravilhas pela escrita, sustentando vida na vida da alma? As mãos de quantos médiuns, servindo como instrumentos dos espíritos superiores, não desempenham importante papel? E na cura dos enfermos, no passe reconfortante, no toque de bom ânimo para as lutas de cada dia?
 
Elas ajudam na feitura do remédio, na confecção de roupas, na construção de casas, nas trocas de favores e mesmo na caridade.
 
As mães usam as mãos para acalentar os filhos e mesmo aliviá-los quando doentes...
 
A impressão digital conduz a traços inigualáveis, sendo como que uma marca de Deus para o devido reconhecimento. Cada mão é, pois, um agente do Senhor, que pode transformar o fluido universal em magnetismo humano, de acordo com a necessidade de cada um.
 
Não se esqueça de que a mente educada pode comandar bem as mãos para todos os serviços de Deus, a que o Cristo assiste. Observe o santo, o quanto ele trabalha com as suas mãos, em benefício da Humanidade; o sábio, que coopera com a Humanidade pela escrita; o místico, que abençoa, mesmo a distância, na missão de luz pelas suas mãos disciplinadas...
 
Não perca a oportunidade, quando chamado a prestar serviço com as suas mãos: deixe-as a serviço de Jesus, no que ele desejar. Elas poderão ser canais de luz, para a alegria das criaturas sofredoras; um toque de despedida pode emitir luz de esperança inesquecível; um abraço carinhoso pode ser portador de saúde e estabilidade para quem o recebe; ou troca de energias para os dois que se amam. O toque das mãos, pelo impulso do amor, faz maravilhas no coração, tanto no de quem recebe  quanto no de quem dá.
 
Beije as suas mãos por gratidão a Deus, pois Ele as deu e colocou em seus braços para seu trabalho, e ajuste seus pensamentos para esse comando de alegria. Não se esqueça de que as suas mãos podem ser as mãos de Jesus. Use-as, para a grandeza da vida, assinalando a sua felicidade.
 
Ame as mãos como sendo as mãos de Jesus em seu corpo e seja agente de Deus no mundo em que mora.
 
Os galhos das árvores, crescendo, parecem mãos orando a Deus e d'Ele recebem a essência de vida, transformando no seu laboratório íntimo, para que os homens e animais tenham mais paz nos corações.

Espírito: Kahena
Médium: João Nunes Maia
Livro: Canção da Natureza

PROGRAMA TRANSIÇÃO - 226 Os Animais e o Mundo Espiritual