sexta-feira, 31 de maio de 2013
Programa Transição 216 - Casamento Saudável
Deus disse:"A mulher sábia edifica sua casa mas a insensata, com as próprias mãos a derruba "e "A mulher virtuosa,quem a achará? O seu valor muito se excede as riquezas e o coração do seu marido confia nela e ele não se decepcionará". Cristo disse:"...à mulher seja dada a honra do marido".
O PODER DA PALAVRA
A boca fala do que está cheio o coração. Levando em consideração que
coração aí representa vibração, a palavra, no contexto, representa a
natureza do que somos, do que sentimos. Ela estará, sempre, carregada de
poder magnético de atração. Pela característica da palavra que
emitimos, atraímos forças equivalentes. Ela representaria, então, nosso
estágio atual em termos morais.
Palavras desajustadas, agressivas, pessimistas, frívolas,
maledicentes, forjam atmosfera de baixo teor vibratório atraindo mentes
desencarnadas que se identificam com essas condições. Expressando quem
somos, caracteriza a morbidez do caráter ou sua limpidez espiritual.
Educar a mente, os sentimentos, as emoções implica educar a palavra. E o
tom da voz carrega, em si, algo dessa educação. Observemos, aí, o
quanto de clima adverso encontramos nos lares, nas famílias, pelo tom de
agressividade, pela voz altissonante, estridente, de contenda, que se
verifica entre os membros da casa. Por outro lado, no grupo familiar em
que se prima pela educação, pela mansuetude, pelo timbre ajustado, a
tendencia é termos pessoas mais calmas e confiantes e melhor nível de
relacionamento.
Como podemos ver, em cada aspecto de nossa vida encontramos tesouros
de espiritualidade e lições magníficas de sabedoria. Da maneira que
pensamos até a palavra que emitimos estamos construindo a grandeza do
reino da luz em nós ou nos conectamos com as amargas energias do inferno
interior.
segunda-feira, 13 de maio de 2013
DE LÁ PARA CÁ
Já tratamos, aqui mesmo, sobre as grandes transformações programadas pelos espíritos superiores a fim de que nosso amado planeta adentre a condição de mundo regenerado. Na verdade, somos mundo em regeneração, estágio entre expiação e provas e o regenerado. As duas realidades interagem, ou seja, ainda vivemos muito das condições expiatórias mas já sentimos a presença de uma realidade que se melhora. O progresso, em todos os campos da vida humana, é visível.
Quase sempre, deitamos o olhar sobre as experiencias transformadoras
que ocorrem ao nosso derredor, visíveis à nossa percepção. Nada mais
natural até porque não conseguimos, normalmente, acessar a realidade
mais transcendente. Quando nos chega alguma informação que consideramos
confiável, seja pelas fontes, seja pela logicidade e elevação das
idéias, nos deslumbramos face a sofisticada planificação do Alto
objetivando concretizar a implantação do reino da luz sobre a Terra.
Entendendo que tudo o que se concretiza no planeta viria da realidade
espiritual, portanto, lá é a pátria de origem, deduzimos, naturalmente,
que as grandes mutações na sociedade terrena vem, tambem, se
caracterizando no mundo dos espíritos. As esferas mais próximas do mundo
físico, com condições de vida moral e organização social bem semelhante
à vida na crosta, tambem estaria sofrendo rearranjos de variada
natureza. Abalos profundos e perplexidade, assim como aqui, estaria
ocorrendo por lá. Perfeitamente compreensível. O planeta não é apenas
sua realidade visível aos olhos da carne. É, tambem, suas dimensões
outras, sua matéria mais rarefeita, para onde se dirige e vive grande
parcela da humanidade que passa pelo fenômeno da morte.
A movimentação nos planos adjacentes à vida material é mais intensa
do que podemos imaginar, sobretudo no tocante ao período de transição
que se vive. Seareiros do bem de alta qualidade espiritual até almas
cheias de boa vontade embora muito comuns digamos assim, em termos de
valores iluminativos, organizam-se atendendo ao sulime chamado dos céus,
preparando o novo tempo na Terra a partir de suas esferas espirituais.
Entende-se que a mudança ocorre de dentro de cada um para fora e de lá (
da vida invisível) para cá, mundo físico. O intercâmbio enfatizado
pelos espiritos da codificação, se patenteia mais ainda, caracterizando a
influenciação mútua entre os dois universos.
Estamos, portantanto, vivendo uma "batalha" nos dois campos da
manifestação da vida no tocante ao nosso mundo. Ao desencarnarmos (
morrermos para a linguagem habitual das pessoas) nos defrontaremos com
necessidades semelhantes as que temos na vida física, permanecendo a
carência de mudança moral de nossa parte e a possibilidade de cerrarmos
fileiras ( se ainda não o fazemos) para com a grande legião
representativa do bem a ser vivido na Terra. Possibilidades imensas de
aprendizado e atitude, tanto aqui na Terra quanto na Terra em outra
condição vibratória.
Como afirma o Espiritismo: tanto lá como aqui, a vida prossegue, quase sempre em condições bem semelhantes.
quarta-feira, 8 de maio de 2013
JANELA DE JOHARI
Há muito tempo – eu conheço há
aproximadamente 30 anos - uma ferramenta denominada “A Janela de Johari” chamou
a minha atenção. Ela serve para explicar em que bases a interação humana
ocorre.
Johari nada mais é do que as iniciais dos nomes dos autores (Joseph Luft e Harry Ingham), o que confere ao nome escolhido certa áurea mística.
Este modelo diz que há áreas do nosso comportamento e atitudes que nós conhecemos e outras que não conhecemos. As pessoas que se relacionam conosco também enxergam nossos comportamentos e atitudes, da forma deles, tendo também uma área conhecida para eles sobre a nossa pessoa e uma outra área desconhecida, como mostra a Figura 1 abaixo.
- O seu “Eu Aberto” é aquele que
tanto você como as outras pessoas conhecem e percebem.
- O seu “Eu Oculto” é aquele que só você conhece.
- O seu “Eu Cego” é aquele que só você não vê, mas os outros conhecem.
- O seu “Eu Desconhecido” é aquele que nem você nem os outros têm acesso.
Com a Janela de Johari permite perceber em que bases cada um de nós atuamos em nossos relacionamentos.
Vamos exemplificar: quando alguém nos diz algo, e nós estranhamos porque ela está dizendo isso para nós, pode ser porque essa pessoa está percebendo algo em nós, que nós ainda não vemos. Tempos depois fica claro o que aquela pessoa quis dizer para nós. Este é um exemplo claro de uma característica de “Eu Cego” passando, com o aprendizado, com a auto-percepção, com o tempo, para “Eu Aberto”.
Johari nada mais é do que as iniciais dos nomes dos autores (Joseph Luft e Harry Ingham), o que confere ao nome escolhido certa áurea mística.
Este modelo diz que há áreas do nosso comportamento e atitudes que nós conhecemos e outras que não conhecemos. As pessoas que se relacionam conosco também enxergam nossos comportamentos e atitudes, da forma deles, tendo também uma área conhecida para eles sobre a nossa pessoa e uma outra área desconhecida, como mostra a Figura 1 abaixo.
- O seu “Eu Oculto” é aquele que só você conhece.
- O seu “Eu Cego” é aquele que só você não vê, mas os outros conhecem.
- O seu “Eu Desconhecido” é aquele que nem você nem os outros têm acesso.
Com a Janela de Johari permite perceber em que bases cada um de nós atuamos em nossos relacionamentos.
Vamos exemplificar: quando alguém nos diz algo, e nós estranhamos porque ela está dizendo isso para nós, pode ser porque essa pessoa está percebendo algo em nós, que nós ainda não vemos. Tempos depois fica claro o que aquela pessoa quis dizer para nós. Este é um exemplo claro de uma característica de “Eu Cego” passando, com o aprendizado, com a auto-percepção, com o tempo, para “Eu Aberto”.
Por Carlos Alberto de
Faria
terça-feira, 7 de maio de 2013
ESPÍRITO PROTETOR
ESPIRITISMO KARDECISTA compartilhou a foto de André Ariovaldo.
Muitas
vezes acompanhamos a sua felicidade ou a sua dor de perto, embora quase
nunca sejamos percebidos. Trabalhar como protetor de um encarnado não é
tarefa simples e requer também, de
nossa parte, muita paciência e determinação. Não são todos os que
conseguem, pois existem aqueles que tem o compromisso de conduzir seres
cuja mentalidade é por demais doentia e confusa e que possuem tendências
mais fortes do que a vontade de ser feliz. Nossos fracassos quase nunca
ocorrem porque nós desistimos, mas porque aquele a quem protegemos faz
uso do livre-arbítrio de modo que ignora qualquer orientação de nossa
parte e neste sentido nós só temos a lamentar. Nos afastamos, mas sem
perdermos a esperança de que um dia surja alguma brecha que nos permita a
intervenção. Nos sentimos tristes por isso; precisamos também recorrer
ao auxílio de benfeitores de escala maior que nos impulsionem à coragem e
à resignação, a fim de evitar que sentimentos de ordem inferior nos
visitem, pois o fato de sermos Espíritos não significa que somos
perfeitos. O que realmente nos estimula a prosseguir é saber que um dia
já estivemos nas mesmas condições, seguindo puramente a ordem de emoções
passageiras que nos levavam a suprir necessidades imediatas. Já demos
aos nossos benfeitores os mesmos problemas e desafios; já caímos e
levantamos inúmeras vezes e sempre que retornávamos à vida real, lá
estavam eles com seus olhares profundos e piedosos acolhendo-nos como
mães acolhem filhos e nos orientando sem cansar, preparando-nos para
novas oportunidades na vida física onde novamente estariam assumindo o
mesmo papel, pela certeza de que seríamos bem sucedidos então. É graças a
Deus e a estes amigos do mundo maior que hoje cá estamos, assumindo
agora esta posição de proteger, pois nos tornamos capazes de não cair
mais. O motivo desta mensagem é a de dar-lhes esperança e certeza de que
este é também o seu destino e que nós, os seus protetores e amigos
sempre estaremos ao seu lado, incentivando-lhe ao bem e esperando apenas
que você se torne melhor.
Um Espírito Protetor (07/05/2013 - 08h38 - André Ariovaldo)
Um Espírito Protetor (07/05/2013 - 08h38 - André Ariovaldo)
CORPOS DIFERENTES DOS NOSSOS EM OUTROS MUNDOS.
Antes de ontem, li na edição on line da folha de São Paulo, uma
notícia extremamente interessante relacionada ao possível encontro da
nossa ciencia com vida extra terrestre. Como sabemos, a astronomia já
detectou cerca de 900 planetas extra solares ( alem do nosso sistema
planetário). Anteriormente, os pesquisadores focavam na possibilidade de
encontrar um planeta com as especificações em sua constituição
geológica e atmosférica semelhante ao nosso mundo para encontrar vida
por lá. Esse artigo que li na Folha de São Paulo me levou às páginas do
Livro dos Espíritos pois a abordagem sobre o tema é já anunciando,
agora, que os cientistas não acham que para encontrar vida tenha- que se
ter as condições da Terra, ou seja, eles já pensam que a vida pode se
desenvolver em outros mundos sem a mesma constituição da Terra.
Essa conclusão que os pesquisadores chegaram, Allan Kardec já havia
obtido ao receber dos espíritos superiores a informação de que os mundos
seriam habitados e não exatamente com a constituição do nosso corpo
aqui na Terra. Nosso mundo é dos maios atrasados, tanto em inteligência
quanto, principalmente, em moral. Da mesma maneira que encontramos vida
que respira enxofre e amônia nos vulcões e seres que respiram embaixo
dágua, por que Deus não equiparia os infinitos mundos com outras
condições para a proliferação da vida ? A pretenção da vaidade terrestre
de que seríamos referencias em termos da manifestação da vida precisa
desaparecer e isso já teve início.
Se aqui precisamos de oxigênio, hidrogênio e carbono para elaborar
nossos corpos e respirarmos, nada impede que outras formas de vida
tenham se desenvolvido por outros caminhos. O que para o ser humano é
veneno, para outras espécies, inclusive, inteligentes, pode ser
perfeitamente adequado. E vice versa. Há infinitas estradas, caminhos
inesgotáveis para a grandeza da vida.
Da mesma maneira, na mesma direção dos avanços da ciencia, quando
lemos cientistas afirmarem que 95% da matéria do universo não é vista,
nem detectável pela aparelhagem humana, recordamos, de novo, o Livro dos
Espíritos, quando nos diz, em uma de suas respostas, relativa a
existência do vazio no espaço: " O vácuo não existe. O que pensais estar
vazio encontra-se preenchido por matéria em forma que não é detectável
por vossa aparelhagem". Mais direta, impossível. Esta resposta fora dada
no século 19. Agora, início do século 21, os cientistas falam da
matéria escura, aquela que não se vê com nossas aparelhagens e da qual
quase nada se conhece, a não ser a sua existência e algo do efeito que
provoca no equilíbrio da matéria visível ( galáxias, estrelas, planetas,
etc).
Como planejado e esperado, estamos chegando a grande verdade. Até o
final deste século assistiremos muitas descobertas referendando, mais
ainda, o pensamento espírita. Falta pouco.
por Frederico Menezes
domingo, 5 de maio de 2013
sábado, 4 de maio de 2013
"PASTOR PRECISA TER O CHEIRO DE SUAS OVELHAS"
O papa Francisco vem mostrando que vai seguir no afã de
imprimir uma nova dinâmica à igreja católica. Além de ter renunciado ao
papa móvel e ao anel de ouro, deu início a mudanças na linha de atuação
das paróquias. A revista Veja desta semana traz uma reportagem sobre
algumas das mudanças que o estilo do sumo pontífice vem produzindo.
Documento mais recente vai na direção, segundo alguns cardeais, a
prática da igreja nos moldes do cristianismo nascente. Segundo o papa,
deverá a igreja buscar formar pequenas comunidades ao invés das
comunidades gigantescas de hoje. Dessa maneira, a evangelização se dará
de forma mais acolhedora, dinâmica, jamais fria e gélida como às vezes
ocorre na atualidade. A linguagem será próxima da realidade de cada
pessoa. Acredita-se que o distanciamento das almas pode ter colaborado
para a perda de fiéis.
Esse método que será adotado traz, ainda, a recomendação para que o
"pastor tenha o cheiro de suas ovelhas", ou seja, esteja tão próximo
delas que entenda suas necessidades, acolha-as, sinta suas carências.
Enfim, tenha proximidade. Jesus foi o exemplo do pastor acolhedor, que
conhecia a dor do povo, dos indivíduos, das agruras das almas. Nada mais
desvitalizante do que uma igreja fria, distante, voltada para o poder
temporal. Nada mais distante do cristianismo que isso. Vejo como algo
extremamente salutar para o catolicismo e seus bilhões de seguidores.
Trará, sem dúvida, uma grande oxigenação à igreja. E volta-se para a
evangelização.
Observo que há identificação com o pensamento de Allan Kardec em alguns
dos aspectos do que aqui estamos tratando. Por exemplo, Kardec também
escreveu sobre a importância de termos vários núcleos espiritistas
menores ao invés de centros enormes. Isto pelo fato de que seria mais
fácil ter-se coesão, mais harmonia e, com certeza, maior possibilidade
de uma efetiva dinâmica proporcionando mais agilidade aos serviços da
casa. E os centros espíritas não devem perder a capacidade de acolher,
de irradiar um calor amoroso e cheio de generosidade e compaixão.
Ter o cheiro de suas ovelhas. Gostei muito dessa expressão. Ela tem um
magnetismo, uma força capaz de penetrar a alma. É uma frase cheia de
verdade e poesia. Sintonia, empatia, proximidade, fraternidade,
solidariedade. Tudo isso encontra-se nessa frase. Tem cheiro de afeto.
Tem fulgor celestial.
por Frederico Menezes
por Frederico Menezes
Preconceito contra o Espiritismo
Ainda
existe, em maior escala do que se pensa, o medo do Espiritismo. Há
pouco, fomos procurados por uma pessoa que, sentindo evidentes
perturbações de origem mediúnica, e tendo percorrido os consultórios de
psiquiatria, vira-se obrigada a recorrer aos “recursos espirituais”,
segundo dizia. Quando soube que não estava tratando com um
“espiritualista”, mas com um espírita, assustou-se de tal maneira, que
viu-se forçada a confessar o seu medo. “Se eu soubesse que o senhor era
espírita - declarou - não o teria procurado.”
A
verdade é que, apesar disso, acabou se convencendo de que o Espiritismo
poderia ajudá-la, e mais tarde tornou-se espírita. Mas não foi muito
fácil arrancar-lhe da mente o pavor doentio que lhe haviam infundido.
Sacerdotes, pessoas da família, amigos e médicos, todos haviam
contribuído para que o medo se enraizasse em sua alma. Terrível medo,
que a desviava da única solução possível para o seu problema.
E
o que é mais curioso, a maior contribuição para esse estado de temor
foi dado por certas publicações espiritualistas, que apesar de
admitirem a reencarnação e a lei de causa e efeito, condenam a
mediunidade, pintando-a com as mais negras pinceladas.
O
preconceito anti-espírita assemelha-se muito à prevenção contra o
Cristianismo, no mundo antigo. As pessoas que temem o Espiritismo não
conhecem a doutrina, dão ao termo aplicações indevidas, perdem-se num
cipoal de lendas e suposições a respeito das sessões espíritas. Em geral
nos acusam de endemoniados, necromantes, feiticeiros e coisas do mesmo
teor, como faziam gregos e romanos com os cristãos primitivos. E essas
deturpações do Espiritismo não são apenas orais, correndo entre pessoas
simples. Figuram também em publicações eruditas, revistas, jornais,
livros de ensaios e estudos, com signatários cultos.
Pitágoras
já dizia que a Terra é a morada da opinião. E como a opinião é a coisa
mais frívola que existe, a mais incerta e a mais irresponsável, não é de
admirar que tanta gente opine sobre o que não conhece. Mesmo entre os
letrados, a opinião é um hábito enraizado. Mas é evidente que, quando se
trata de uma doutrina espiritual, esposada por tantos homens de
projeção no mundo das ciências e do pensamento, em todo o mundo, as
pessoas de cultura, ou mesmo de mediana cultura, deviam ter mais cautela
ao se manifestarem a respeito. Porque se é livre o direito de opinar,
não é menos livre o direito de se julgar o senso de responsabilidade de
quem opina.
O
maior motivo de temer do Espiritismo é o próprio temor. Ou seja: é a
covardia humana, essa terrível covardia que faz os homens estremecerem
de horror diante do perigo de mudarem de posição diante da vida e do
mundo. O Espiritismo, entretanto, não exige outra mudança, senão a da
concepção estreita de uma vida utilitarista e falsa, para a ampla
concepção de uma vida espiritual, profunda e verdadeira.
Quanto
ao problema das relações com o mundo invisível, o Espiritismo não
estabelece essas ligações, que existem na vida de todas as criaturas,
mas apenas as explica e orienta, dando-lhes o verdadeiro sentido no
processo da existência.
Temer o Espiritismo é temer a verdade, que os seus princípios nos revelam, apesar de todos os que lutam para deturpá-los.
Do livro “O Homem Novo” - Herculano Pires
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Resumo Informativo da Doutrina Espirita As Leis de Deus
OBJETIVO DESTE ARTIGO
Há uma dificuldade do frequentador não assíduo de um Centro Espirita compreender a Doutrina Espirita e se interessar pela leitura do Livro dos Espíritos e Evangelho Segundo o Espiritismo.
O motivo é a não assiduidade dos frequentadores da casa que não frequentam os cursos da doutrina espirita.
Se feito estudo do Livro dos Espíritos em forma sequencial das questões eles sempre acabam por perder o fio da meada.
Além disso, o Livro dos Espíritos é muito extenso e consome quase um ano, estudando questões por questões em uma reunião por semana.
Esta série de artigos, “Resumo Informativo da Doutrina Espirita”, objetiva a fazer abordagens condensadas do essencial da doutrina espirita constante no Livro dos Espíritos e Evangelho Segundo o Espiritismo.
O objetivo é que cada artigo resuma um assunto por inteiro.
Estes resumos, se utilizados como suporte a palestras, elas terão começo meio e fim em até uma hora.
Estes resumos informativos também visam a dar um panorama geral a pessoas que querem saber um pouco sobre o espiritismo.
A ideia por traz disto é mostrar o assunto na forma top down para despertar o interesse por conhecê-lo na totalidade e, neste caso, deverá ser utilizado o Livro dos Espíritos e/ou o Evangelho Segundo o Espiritismo.
As frases escritas em caracteres itálicos são de autoria de Allan Kardec e foram “pescadas” no Livro dos Espíritos.
INTRODUÇÃO
Uma das primeiras coisas que nos ensinaram era que os 10 mandamentos bíblicos eram a lei de Deus.
Estes 10 mandamentos não são a lei natural e moral de Deus e sim leis de um código civil simplificado que Iahweh, o deus bíblico, ditou a Moises.
Eles contem também alguma coisa das leis morais.
Na Bíblia, Deuteronômio. Cap. 5 v 6 a 21, temos os 10 mandamentos:
No primeiro Iahweh se impõe como sendo ele o único deus do povo de Israel e exige exclusividade em relação aos demais deuses.
I. Eu sou o senhor, vosso deus, que vos tirei do Egito, da casa da servidão. Não tereis, diante de mim, outros deuses estrangeiros. - Não fareis imagem esculpida, nem figura alguma do que está em cima do céu, nem embaixo na Terra, nem do que quer que esteja nas águas sob a terra. Não os adorareis e não lhes prestareis culto soberano, porque eu, o senhor vosso deus, sou deus zeloso, que puno a iniquidade dos pais nos filhos, na terceira e na quarta gerações daqueles que me aborrecem, e uso de misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.
No segundo ele exige respeito com o uso de seu nome.
II. Não pronunciarás para um uso vão o nome do senhor, teu deus; porque o senhor não terá por inocente aquele que tiver pronunciado para um uso vão o seu nome.
No terceiro ele estabelece o descanso semanal.
III. Guardarás o dia do sábado e o santificarás, como te ordenou o senhor, teu deus. Trabalharás seis dias...
No quarto esta ele visa a agregar a família.
IV. Honra teu pai e tua mãe, como te mandou o senhor, para que prolonguem teus dias e prosperes sobre a terra que te deu o senhor teu deus.
Do quinto ao decimo, quatro proibições primarias sendo:
a) Assassinato
V. Não matarás.
b) Adultério por ato ou pensamento
VI. Não cometerás adultério – IX. Não desejarás a mulher do teu próximo
c) Roubo por ato ou pensamento
VII. Não furtarás.
X. Não cobiceis sua casa, nem seu campo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem o seu boi, nem seu jumento, nem nada do que lhe pertence.
d) Uma regra ética de boa convivência
VIII. Não levantarás falso testemunho falso contra teu próximo.
OBS:
As regras “b” e “d” são complementadas em Deuteronômio, 22:22 e em Levítico, capítulo 20, de 7 a 21 onde Iahweh regulamenta a poligamia e estabelece restrições ao relacionamento sexual, visando a combater o adultério (então o maior mal de Israel ) e o homossexualismo.
Em outras passagens da bíblia Iahweh, como espirito guerreiro, estabelece regras barbaras de como tratar os povos conquistados e repartir o produto do saque.
Estas regras hoje são crimes contra a humanidade.
Vide: Deuteronômio cap. 20 v 10 a 16 e Êxodo cap. 30 v 11 a 16,
Iahweh era um deus no sentido de ser um espirito guia do povo de israel.
O uso da palavra deus, para designar guia ou intermediário entre Deus e o homem, remonta da mais longínqua antiguidade como, por exemplo, no Livro dos Mortos do Antigo Egito, antes mesmo do advento da bíblia.
No Livro dos Mortos Anubis, Iris, Maat, Osires, etc., eram deuses e Deus era chamado por nomes próprios como Emen-Rá (a luz oculta), Atum-Rá (o começo e o fim de toda a luz) e Eaau (poder que foi polarizado e expandido criando o universo).
Também o descreviam como “Nenhum dos seus pensamentos podem concebê-Lo, nenhuma linguagem pode defini-Lo: O que é incorpóreo, sem forma, invisível e não pode ser apreendido pelos nossos sentidos; O que é eterno e não pode ser mensurado pelos critérios limitados do tempo. Ele é inefável (algo que não pode ser expresso com palavras)”.
Jesus usava a palavra Pai e fez alguma referencia a deuses dizendo, por exemplo, aos apóstolos “vos sois deuses”.
Também no evangelho apócrifo de Tome no Versículo 30 Jesus disse: “Onde há três deuses, eles são deuses. Onde há dois ou um, eu estou com ele”.
Na data de hoje o Budismo se refere aos espíritos no topo da sua escala da evolução (espíritos puros na escala Kardeciana) como sendo deuses.
Assim o deus único de Israel acabou por sendo confundido com a unicidade de Deus e esta confusão persiste até os dias de hoje onde varias religiões dizem que seu deus é único.
Assim, as religiões abraâmicas/cristãs (católicos, ortodoxos, protestantes, evangélicos, etc.) adotam o deus Iahweh como sendo Deus variando somente os dogmas, ritos, e formas de interpretação da bíblia.
O espiritismo conceitua e busca Deus.
AS LEIS DE DEUS
Sobre as leis de Deus no Livro dos Espíritos, Parte Terceira. Capítulos de I a XII - Allan Kardec diz:
A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem; ela lhe indica o que deve ou não fazer, e ele é infeliz somente quando se afasta dela.
A lei natural Eterna e imutável como o próprio Deus.
Deus não pode se enganar; são os homens que são obrigados a mudar suas leis, porque são imperfeitos; mas as leis de Deus são perfeitas. A harmonia que rege o universo material e o universo moral é fundada sobre as leis que Deus estabeleceu para toda a eternidade.
Todas as leis da natureza são leis divinas, uma vez que Deus é a causa de todas as coisas. O sábio estuda as leis da matéria, o homem de bem estuda as leis morais e as pratica.
Uma vez que o homem traz escrito na consciência à lei de Deus, há necessidade que lhe seja revelada para que aflore.
Assim, Deus deu a alguns homens a missão de revelar Sua lei.
A lei natural pode ser dividida em onze partes compreendendo as leis de adoração, trabalho, reprodução, conservação, destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade e, por fim, a de justiça, amor e caridade e perfeição moral.
O tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e modelo foi Jesus.
A seguir passamos a resumir estas leis.
1. Lei da adoração:
É a elevação do pensamento a Deus.
Pela adoração, a alma (espírito encarnado) se aproxima d’Ele.
A verdadeira adoração é a do coração.
Em todas as vossas ações, imaginai sempre que o Senhor está convosco.
Esta lei é equivalente a Amar a Deus sobre todas as coisas.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. Objetivo da adoração. - 2. Adoração exterior. - 3. Vida contemplativa.
- 4. A prece. - 5. Panteísmo. - 6. Sacrifícios.
2. Lei do Trabalho:
O trabalho é uma lei natural, por isso mesmo é uma necessidade, e a civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque aumenta suas necessidades e prazeres.
Ao trabalhar o homem promove o progresso.
O estudo desta lei está subdivido em:
1. Necessidade do trabalho. - 2. Limite do trabalho. Repouso.
3. Lei da Reprodução:
Isso é evidente; sem a reprodução, o mundo corporal acabaria.
Esta lei se aplica ao reino vegetal e animal incluindo ai o homem.
É necessário e permitido ao homem que entenda melhor esta lei atuando nela.
Portanto, criar novas espécies de vegetais, fazer clones de animais, criar fetos humanos em provetas, etc., e é aprendizado segundo a Lei do progresso.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. População do globo. - 2. Sucessão e aperfeiçoamento das raças.
- 3. Obstáculos à reprodução. - 4. Casamento e celibato. - 5. Poligamia.
4. Lei da Conservação:
O instinto de conservação foi dado a todos os seres vivos, seja qual for o grau de inteligência.
Para uns, os animais, por exemplo, é puramente mecânico já que o instinto é um tipo de inteligência.
Para outros, os homens, parte dele permanece mecânico como instinto (nossas reações automáticas na presença do perigo) e parte dele podemos submeter a nossa inteligência racional submetendo-o a nossa vontade já que em alguns casos podemos controlar o instinto.
O instinto de conservação, que nos foi útil no reino animal na forma mecânica, tende a desenvolver o egoísmo no homem.
Sendo o egoísmo um dos maiores dos males ele nos atrapalha e deve ser transformado em fraternidade, humildade, amor, etc. para que a raça humana tenha a felicidade neste mundo, como prometeu Jesus.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. Instinto de Conservação. - 2. Meios de conservação.
- 3. Gozo dos bens terrenos. - 4. Necessário e supérfluo.
- 5. Privações voluntárias Mortificações.
5. Lei da destruição:
É preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar.
O que chamamos destruição é apenas transformação que tem por objetivo a renovação e o melhoramento dos seres vivos.
Diz a lei de Lavoisier: “Nada se perde nada se cria tudo se transforma”.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. Destruição necessária e destruição abusiva. - 2. Flagelos destruidores.
- 3. Guerras. - 4. Assassínio. - 5. Crueldade. - 6. Duelo. - 7. Pena de morte.
6. Lei de Sociedade:
A vida social é uma obrigação natural.
Deus fez o homem para viver em sociedade.
Deus deu-lhe a palavra e todas as demais faculdades necessárias ao relacionamento.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. Necessidade da vida social. - 2. Vida de insulamento. Voto de silêncio. - 3. Laços de família.
7. Lei do Progresso:
O estado natural é o estado primitivo.
A civilização é incompatível com o estado natural, enquanto a lei natural contribui para o progresso da humanidade.
O estado natural é a infância da humanidade, é o ponto de partida de seu desenvolvimento intelectual e moral.
O homem, tendendo à perfeição e tendo em si o germe de seu aperfeiçoamento, não está destinado a viver perpetuamente no estado natural, como não foi destinado a viver perpetuamente na infância.
O estado natural é transitório, o homem liberta-se dele pelo progresso e pela civilização. A lei natural, ao contrário, rege a humanidade inteira e o homem se aperfeiçoa à medida que melhor compreende e pratica essa lei.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. Estado de natureza. - 2. Marcha do progresso. - 3. Povos degenerados. - 4. Civilização. - 5. Progresso da legislação humana.
- 6. Influência do Espiritismo no progresso.
8. Lei de Igualdade:
Todos os homens são iguais perante a Deus.
Todos tendem ao mesmo objetivo e Deus fez suas leis para todos.
Muitas vezes, dizeis: “O Sol nasce para todos” e dizeis aí uma verdade maior e mais geral do que pensais.
Todos os homens são submissos às mesmas leis da natureza; todos nascem com a mesma fraqueza, sujeitos às mesmas dores, e o corpo do rico se destrói como o do pobre.
Portanto, Deus não deu a nenhum homem superioridade natural nem pelo nascimento, nem pela morte: todos são iguais diante de Deus.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. Igualdade natural. - 2. Desigualdade das aptidões. - 3. Desigualdades sociais. - 4. Desigualdade das riquezas. - 5. As provas de riqueza e de miséria. - 6. Igualdade dos direitos do homem e da mulher. - 7. Igualdade perante o túmulo.
9. Lei da Liberdade:
Não há liberdade absoluta, porque todos necessitam uns dos outros, tanto os pequenos quanto os grandes.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. Liberdade natural. - 2. Escravidão. - 3. Liberdade de pensar. - 4. Liberdade de consciência. - 5. Livre-arbítrio. - 6. Fatalidade.
- 7. Conhecimento do futuro. - 8. Resumo teórico do móvel das ações do homem.
10. Lei de Justiça, Amor e Caridade.
O sentimento de justiça é tão natural que vos revoltais com o pensamento de uma injustiça.
O progresso moral desenvolve, sem dúvida, esse sentimento, mas não o dá.
Deus o colocou no coração do homem; por isso encontrareis, muitas vezes, nos homens simples e primitivos noções mais exatas de justiça do que naqueles que têm muito conhecimento.
“Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”
O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça. Pois amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível e que desejáramos nos fosse feito. Tal o sentido destas palavras de Jesus: Amai-vos uns aos outros como irmãos.
A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, abrange todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais, ou nossos superiores.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. Justiça e direitos naturais. - 2. Direito de propriedade. Roubo.
- 3. Caridade e amor do próximo. - 4. Amor materno e filial.
11. Lei da Perfeição Moral:
Todas as virtudes têm seu mérito, porque indicam progresso no caminho do bem.
Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento das más tendências; mas a sublimidade da virtude é o sacrifício do interesse pessoal pelo bem de seu próximo, sem segundas intenções.
“A mais merecedora das virtudes nasce da mais desinteressada caridade.”
O Espírito prova sua elevação quando todos os atos de sua vida são a prática da lei de Deus e quando compreende por antecipação a vida espiritual.
Esta lei é a mais importante; é por ela que o homem pode avançar mais na vida espiritual, porque resume todas as outras. Foi por este motivo que Jesus a focou com maior força.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. As virtudes e os vícios. - 2. Paixões. - 3. O egoísmo.
- 4. Caracteres do homem de bem. -5. Conhecimento de si mesmo.
Nota importante:
Kardec deixou bem claro, ao explicar esta lei, que ela era a mais importante e ainda disse que foi por este motivo que Jesus a focou com maior força.
Kardec também preferiu tratar desta focagem de Jesus em um livro em separado que é o Evangelho Segundo o Espiritismo.
Por este motivo também não a estou focando aqui por preferir, a exemplo de Kardec, fazer para elas um resumo informativo em separado, tratando, entre outros dos seguintes tópicos:
Bem aventurados os aflitos.
Bem aventurados os pobres de espírito.
Bem-aventurados os que têm puro o coração.
Bem-aventurados os que são brandos e pacíficos.
Bem-aventurados os que são misericordiosos.
Amar o próximo como a si mesmo.
Amai vossos inimigos.
Fazer o bem sem ostentação.
Fora da Caridade não há salvação.
Sede perfeitos.
Reencarnação:
Muito embora Kardec não tenha elencado a reencarnação como sendo uma lei natural acho importante relacionar este assunto aqui por ser uma forma da humanidade progredir, no estágio em que estamos alternando experiências no plano espiritual e físico.
Pela sua importância este assunto será tratado em um resumo informativo em separado, da mesma forma que Kardec preferiu faze-lo.
Os que quiserem um detalhamento maior devem ler o Livro dos Espíritos. Parte Terceira. Capítulos de I a XII - Allan Kardec.
Há uma dificuldade do frequentador não assíduo de um Centro Espirita compreender a Doutrina Espirita e se interessar pela leitura do Livro dos Espíritos e Evangelho Segundo o Espiritismo.
O motivo é a não assiduidade dos frequentadores da casa que não frequentam os cursos da doutrina espirita.
Se feito estudo do Livro dos Espíritos em forma sequencial das questões eles sempre acabam por perder o fio da meada.
Além disso, o Livro dos Espíritos é muito extenso e consome quase um ano, estudando questões por questões em uma reunião por semana.
Esta série de artigos, “Resumo Informativo da Doutrina Espirita”, objetiva a fazer abordagens condensadas do essencial da doutrina espirita constante no Livro dos Espíritos e Evangelho Segundo o Espiritismo.
O objetivo é que cada artigo resuma um assunto por inteiro.
Estes resumos, se utilizados como suporte a palestras, elas terão começo meio e fim em até uma hora.
Estes resumos informativos também visam a dar um panorama geral a pessoas que querem saber um pouco sobre o espiritismo.
A ideia por traz disto é mostrar o assunto na forma top down para despertar o interesse por conhecê-lo na totalidade e, neste caso, deverá ser utilizado o Livro dos Espíritos e/ou o Evangelho Segundo o Espiritismo.
As frases escritas em caracteres itálicos são de autoria de Allan Kardec e foram “pescadas” no Livro dos Espíritos.
INTRODUÇÃO
Uma das primeiras coisas que nos ensinaram era que os 10 mandamentos bíblicos eram a lei de Deus.
Estes 10 mandamentos não são a lei natural e moral de Deus e sim leis de um código civil simplificado que Iahweh, o deus bíblico, ditou a Moises.
Eles contem também alguma coisa das leis morais.
Na Bíblia, Deuteronômio. Cap. 5 v 6 a 21, temos os 10 mandamentos:
No primeiro Iahweh se impõe como sendo ele o único deus do povo de Israel e exige exclusividade em relação aos demais deuses.
I. Eu sou o senhor, vosso deus, que vos tirei do Egito, da casa da servidão. Não tereis, diante de mim, outros deuses estrangeiros. - Não fareis imagem esculpida, nem figura alguma do que está em cima do céu, nem embaixo na Terra, nem do que quer que esteja nas águas sob a terra. Não os adorareis e não lhes prestareis culto soberano, porque eu, o senhor vosso deus, sou deus zeloso, que puno a iniquidade dos pais nos filhos, na terceira e na quarta gerações daqueles que me aborrecem, e uso de misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.
No segundo ele exige respeito com o uso de seu nome.
II. Não pronunciarás para um uso vão o nome do senhor, teu deus; porque o senhor não terá por inocente aquele que tiver pronunciado para um uso vão o seu nome.
No terceiro ele estabelece o descanso semanal.
III. Guardarás o dia do sábado e o santificarás, como te ordenou o senhor, teu deus. Trabalharás seis dias...
No quarto esta ele visa a agregar a família.
IV. Honra teu pai e tua mãe, como te mandou o senhor, para que prolonguem teus dias e prosperes sobre a terra que te deu o senhor teu deus.
Do quinto ao decimo, quatro proibições primarias sendo:
a) Assassinato
V. Não matarás.
b) Adultério por ato ou pensamento
VI. Não cometerás adultério – IX. Não desejarás a mulher do teu próximo
c) Roubo por ato ou pensamento
VII. Não furtarás.
X. Não cobiceis sua casa, nem seu campo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem o seu boi, nem seu jumento, nem nada do que lhe pertence.
d) Uma regra ética de boa convivência
VIII. Não levantarás falso testemunho falso contra teu próximo.
OBS:
As regras “b” e “d” são complementadas em Deuteronômio, 22:22 e em Levítico, capítulo 20, de 7 a 21 onde Iahweh regulamenta a poligamia e estabelece restrições ao relacionamento sexual, visando a combater o adultério (então o maior mal de Israel ) e o homossexualismo.
Em outras passagens da bíblia Iahweh, como espirito guerreiro, estabelece regras barbaras de como tratar os povos conquistados e repartir o produto do saque.
Estas regras hoje são crimes contra a humanidade.
Vide: Deuteronômio cap. 20 v 10 a 16 e Êxodo cap. 30 v 11 a 16,
Iahweh era um deus no sentido de ser um espirito guia do povo de israel.
O uso da palavra deus, para designar guia ou intermediário entre Deus e o homem, remonta da mais longínqua antiguidade como, por exemplo, no Livro dos Mortos do Antigo Egito, antes mesmo do advento da bíblia.
No Livro dos Mortos Anubis, Iris, Maat, Osires, etc., eram deuses e Deus era chamado por nomes próprios como Emen-Rá (a luz oculta), Atum-Rá (o começo e o fim de toda a luz) e Eaau (poder que foi polarizado e expandido criando o universo).
Também o descreviam como “Nenhum dos seus pensamentos podem concebê-Lo, nenhuma linguagem pode defini-Lo: O que é incorpóreo, sem forma, invisível e não pode ser apreendido pelos nossos sentidos; O que é eterno e não pode ser mensurado pelos critérios limitados do tempo. Ele é inefável (algo que não pode ser expresso com palavras)”.
Jesus usava a palavra Pai e fez alguma referencia a deuses dizendo, por exemplo, aos apóstolos “vos sois deuses”.
Também no evangelho apócrifo de Tome no Versículo 30 Jesus disse: “Onde há três deuses, eles são deuses. Onde há dois ou um, eu estou com ele”.
Na data de hoje o Budismo se refere aos espíritos no topo da sua escala da evolução (espíritos puros na escala Kardeciana) como sendo deuses.
Assim o deus único de Israel acabou por sendo confundido com a unicidade de Deus e esta confusão persiste até os dias de hoje onde varias religiões dizem que seu deus é único.
Assim, as religiões abraâmicas/cristãs (católicos, ortodoxos, protestantes, evangélicos, etc.) adotam o deus Iahweh como sendo Deus variando somente os dogmas, ritos, e formas de interpretação da bíblia.
O espiritismo conceitua e busca Deus.
AS LEIS DE DEUS
Sobre as leis de Deus no Livro dos Espíritos, Parte Terceira. Capítulos de I a XII - Allan Kardec diz:
A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem; ela lhe indica o que deve ou não fazer, e ele é infeliz somente quando se afasta dela.
A lei natural Eterna e imutável como o próprio Deus.
Deus não pode se enganar; são os homens que são obrigados a mudar suas leis, porque são imperfeitos; mas as leis de Deus são perfeitas. A harmonia que rege o universo material e o universo moral é fundada sobre as leis que Deus estabeleceu para toda a eternidade.
Todas as leis da natureza são leis divinas, uma vez que Deus é a causa de todas as coisas. O sábio estuda as leis da matéria, o homem de bem estuda as leis morais e as pratica.
Uma vez que o homem traz escrito na consciência à lei de Deus, há necessidade que lhe seja revelada para que aflore.
Assim, Deus deu a alguns homens a missão de revelar Sua lei.
A lei natural pode ser dividida em onze partes compreendendo as leis de adoração, trabalho, reprodução, conservação, destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade e, por fim, a de justiça, amor e caridade e perfeição moral.
O tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e modelo foi Jesus.
A seguir passamos a resumir estas leis.
1. Lei da adoração:
É a elevação do pensamento a Deus.
Pela adoração, a alma (espírito encarnado) se aproxima d’Ele.
A verdadeira adoração é a do coração.
Em todas as vossas ações, imaginai sempre que o Senhor está convosco.
Esta lei é equivalente a Amar a Deus sobre todas as coisas.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. Objetivo da adoração. - 2. Adoração exterior. - 3. Vida contemplativa.
- 4. A prece. - 5. Panteísmo. - 6. Sacrifícios.
2. Lei do Trabalho:
O trabalho é uma lei natural, por isso mesmo é uma necessidade, e a civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque aumenta suas necessidades e prazeres.
Ao trabalhar o homem promove o progresso.
O estudo desta lei está subdivido em:
1. Necessidade do trabalho. - 2. Limite do trabalho. Repouso.
3. Lei da Reprodução:
Isso é evidente; sem a reprodução, o mundo corporal acabaria.
Esta lei se aplica ao reino vegetal e animal incluindo ai o homem.
É necessário e permitido ao homem que entenda melhor esta lei atuando nela.
Portanto, criar novas espécies de vegetais, fazer clones de animais, criar fetos humanos em provetas, etc., e é aprendizado segundo a Lei do progresso.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. População do globo. - 2. Sucessão e aperfeiçoamento das raças.
- 3. Obstáculos à reprodução. - 4. Casamento e celibato. - 5. Poligamia.
4. Lei da Conservação:
O instinto de conservação foi dado a todos os seres vivos, seja qual for o grau de inteligência.
Para uns, os animais, por exemplo, é puramente mecânico já que o instinto é um tipo de inteligência.
Para outros, os homens, parte dele permanece mecânico como instinto (nossas reações automáticas na presença do perigo) e parte dele podemos submeter a nossa inteligência racional submetendo-o a nossa vontade já que em alguns casos podemos controlar o instinto.
O instinto de conservação, que nos foi útil no reino animal na forma mecânica, tende a desenvolver o egoísmo no homem.
Sendo o egoísmo um dos maiores dos males ele nos atrapalha e deve ser transformado em fraternidade, humildade, amor, etc. para que a raça humana tenha a felicidade neste mundo, como prometeu Jesus.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. Instinto de Conservação. - 2. Meios de conservação.
- 3. Gozo dos bens terrenos. - 4. Necessário e supérfluo.
- 5. Privações voluntárias Mortificações.
5. Lei da destruição:
É preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar.
O que chamamos destruição é apenas transformação que tem por objetivo a renovação e o melhoramento dos seres vivos.
Diz a lei de Lavoisier: “Nada se perde nada se cria tudo se transforma”.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. Destruição necessária e destruição abusiva. - 2. Flagelos destruidores.
- 3. Guerras. - 4. Assassínio. - 5. Crueldade. - 6. Duelo. - 7. Pena de morte.
6. Lei de Sociedade:
A vida social é uma obrigação natural.
Deus fez o homem para viver em sociedade.
Deus deu-lhe a palavra e todas as demais faculdades necessárias ao relacionamento.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. Necessidade da vida social. - 2. Vida de insulamento. Voto de silêncio. - 3. Laços de família.
7. Lei do Progresso:
O estado natural é o estado primitivo.
A civilização é incompatível com o estado natural, enquanto a lei natural contribui para o progresso da humanidade.
O estado natural é a infância da humanidade, é o ponto de partida de seu desenvolvimento intelectual e moral.
O homem, tendendo à perfeição e tendo em si o germe de seu aperfeiçoamento, não está destinado a viver perpetuamente no estado natural, como não foi destinado a viver perpetuamente na infância.
O estado natural é transitório, o homem liberta-se dele pelo progresso e pela civilização. A lei natural, ao contrário, rege a humanidade inteira e o homem se aperfeiçoa à medida que melhor compreende e pratica essa lei.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. Estado de natureza. - 2. Marcha do progresso. - 3. Povos degenerados. - 4. Civilização. - 5. Progresso da legislação humana.
- 6. Influência do Espiritismo no progresso.
8. Lei de Igualdade:
Todos os homens são iguais perante a Deus.
Todos tendem ao mesmo objetivo e Deus fez suas leis para todos.
Muitas vezes, dizeis: “O Sol nasce para todos” e dizeis aí uma verdade maior e mais geral do que pensais.
Todos os homens são submissos às mesmas leis da natureza; todos nascem com a mesma fraqueza, sujeitos às mesmas dores, e o corpo do rico se destrói como o do pobre.
Portanto, Deus não deu a nenhum homem superioridade natural nem pelo nascimento, nem pela morte: todos são iguais diante de Deus.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. Igualdade natural. - 2. Desigualdade das aptidões. - 3. Desigualdades sociais. - 4. Desigualdade das riquezas. - 5. As provas de riqueza e de miséria. - 6. Igualdade dos direitos do homem e da mulher. - 7. Igualdade perante o túmulo.
9. Lei da Liberdade:
Não há liberdade absoluta, porque todos necessitam uns dos outros, tanto os pequenos quanto os grandes.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. Liberdade natural. - 2. Escravidão. - 3. Liberdade de pensar. - 4. Liberdade de consciência. - 5. Livre-arbítrio. - 6. Fatalidade.
- 7. Conhecimento do futuro. - 8. Resumo teórico do móvel das ações do homem.
10. Lei de Justiça, Amor e Caridade.
O sentimento de justiça é tão natural que vos revoltais com o pensamento de uma injustiça.
O progresso moral desenvolve, sem dúvida, esse sentimento, mas não o dá.
Deus o colocou no coração do homem; por isso encontrareis, muitas vezes, nos homens simples e primitivos noções mais exatas de justiça do que naqueles que têm muito conhecimento.
“Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”
O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça. Pois amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível e que desejáramos nos fosse feito. Tal o sentido destas palavras de Jesus: Amai-vos uns aos outros como irmãos.
A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, abrange todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais, ou nossos superiores.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. Justiça e direitos naturais. - 2. Direito de propriedade. Roubo.
- 3. Caridade e amor do próximo. - 4. Amor materno e filial.
11. Lei da Perfeição Moral:
Todas as virtudes têm seu mérito, porque indicam progresso no caminho do bem.
Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento das más tendências; mas a sublimidade da virtude é o sacrifício do interesse pessoal pelo bem de seu próximo, sem segundas intenções.
“A mais merecedora das virtudes nasce da mais desinteressada caridade.”
O Espírito prova sua elevação quando todos os atos de sua vida são a prática da lei de Deus e quando compreende por antecipação a vida espiritual.
Esta lei é a mais importante; é por ela que o homem pode avançar mais na vida espiritual, porque resume todas as outras. Foi por este motivo que Jesus a focou com maior força.
O estudo desta lei está subdivido em:
- 1. As virtudes e os vícios. - 2. Paixões. - 3. O egoísmo.
- 4. Caracteres do homem de bem. -5. Conhecimento de si mesmo.
Nota importante:
Kardec deixou bem claro, ao explicar esta lei, que ela era a mais importante e ainda disse que foi por este motivo que Jesus a focou com maior força.
Kardec também preferiu tratar desta focagem de Jesus em um livro em separado que é o Evangelho Segundo o Espiritismo.
Por este motivo também não a estou focando aqui por preferir, a exemplo de Kardec, fazer para elas um resumo informativo em separado, tratando, entre outros dos seguintes tópicos:
Bem aventurados os aflitos.
Bem aventurados os pobres de espírito.
Bem-aventurados os que têm puro o coração.
Bem-aventurados os que são brandos e pacíficos.
Bem-aventurados os que são misericordiosos.
Amar o próximo como a si mesmo.
Amai vossos inimigos.
Fazer o bem sem ostentação.
Fora da Caridade não há salvação.
Sede perfeitos.
Reencarnação:
Muito embora Kardec não tenha elencado a reencarnação como sendo uma lei natural acho importante relacionar este assunto aqui por ser uma forma da humanidade progredir, no estágio em que estamos alternando experiências no plano espiritual e físico.
Pela sua importância este assunto será tratado em um resumo informativo em separado, da mesma forma que Kardec preferiu faze-lo.
Os que quiserem um detalhamento maior devem ler o Livro dos Espíritos. Parte Terceira. Capítulos de I a XII - Allan Kardec.
Por: Paulo Artur Gonçalves
Assinar:
Postagens (Atom)