domingo, 30 de junho de 2013

CARTA DE MANOEL SOARES (irmão de Bezerra de Menezes), EM REPROVAÇÃO A SUA CONVERSÃO AO ESPIRITISMO

 
Do filme “Bezerra de Menezes – O Diário de um Espírito” 

“Devo dizer-lhe, estimado irmão, que colocaste o nome de nossa família a execração pública. Estás sob a influência de satanás, não crês mais em Deus Pai Todo Poderoso, Criador do céu e da terra. Na santíssima trindade, na comunhão dos santos. Na ressurreição da carne, na vida eterna, no santo papa, na igreja católica apostólica romana. Busque o auxílio de padres exorcistas para livrar-lhe deste mal, antes que sejas punido por tamanha iniqüidade. Concluo afirmando-lhe que não fazes mais parte desta família.
Seu irmão.
Manoel Soares Bezerra”

CARTA DE BEZERRA DE MENEZES (em resposta) 
Da obra “Uma carta de Bezerra de Menezes”. 4a.ed. FEB, p.96-97

 ”Agora que V.já conhece as minhas idéias, vou dizer-lhe o meu credo. Creio em Deus Pai, Todo Poderoso, Criador do Céu e da Terra. creio em Jesus Cristo, seu dileto Filho, Nosso Senhor e Redentor. Creio que a Igreja foi instituída por ele para ensinar sua santa doutrina e que é assistida pelo Espírito Santo, nesse santíssimo mister. Creio na comunhão dos santos, na ressurreição da carne, na vida eterna. Não creio na lenda dos anjos caídos, porque crer nisso valeria por negar a onipotência e a onisciência do Senhor. Não creio que o mal possa triunfar do bem, eternizando-se como este, no reino de Satanás. Não creio que um espirito criado pelo Senhor, possa fazer-lhe frente, resistir-lhe e destruir-lhe os planos, e nem que o Senhor permita isso, servindo-se do rebelde para castigar o rebelde, porque, nesse caso, Deus não criou o homem para o bem, para a felicidade. Não creio na vida única, porque o homem é perfectível. Não creio nas penas eternas, porque Deus é Pai.. não creio na infalibilidade do papa, porque assim, teríamos um Deus no Céu e outro na Terra. E a comunicação dos santos, significa, para mim, a comunicação dos Espíritos. Eis o meu credo,e digo-lhe que tenho fé viva e esperança firme de subir, com ele, à sociedade de Deus na eternidade. Pouco nos resta de vida, a mim e a V.; pouco nos falta para nos encontrarmos onde, livres da obsessão da carne, possamos conhecer se tenho ou não razão. Paz e amor, em Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Rio, 31 de maio de 1886.
Seu irmão, ADOLPHO”

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