segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A REENCARNAÇÃO E A IGREJA - Concílio de Constantinopla



Orígenes, sábio cristão e mestre da igreja, ensinava que "todas as almas chegam a este mundo fortalecidas pelas vitórias ou debilitadas pelas derrotas de uma vida pregressa.
O seu lugar neste planeta é determinado por seus méritos ou deméritos do passado". Essa assertiva do sábio Orígenes traduz sua ampla confissão da sua crença viva na reencarnação da alma.
São Clemente, de Alexandria, era adepto fervoroso da teoria da reencarnação e isso pode ser facilmente encontrado em muitos de seus escritos.
Em favor da teoria reencarnacionista, São Gregório, Bispo de Nissa, afirmou que "a alma precisa purificar-se e isso não acontecendo durante a vida na Terra, deve ser realizado em outras vidas futuras".
Santo Agostinho, no seu livro Confissões, chegou a interpelar a si mesmo: "não vivi em outro corpo antes de entrar no ventre de minha mãe?" Eis aqui provada, por sua própria confissão, a crença de Santo Agostinho na sua própria reencarnação.
A fina linha que separa a Razão e a Emoção, por vezes transmuta em barreira que impede a análise uma da outra. A Fé quando racional, pode vir a bloquear a Emoção (afastando da naturalidade) da mesma forma que a irracionalidade emotiva, pode cegar a verdadeira Fé, transformando-á em fanatismo, vício da Fé.
A dedução filosófica de algumas escolas do pensamento religioso, podem dar margem a razão quando estão isentas de dogmas e premissas preconceituosas, porém o conservadorismo adotado em pontos decisivos como a transliteração da palavra reencarnação, omitida dos anais da maior parte das religiões do Ocidente, após o 2º Concílio de Constantinopla, atual Instambul, Turquia (556dC), por ordem do Imperador de Roma Oriental Justiniano (a pedido da Imperatriz Teodora, sua esposa), que exerceu forte influência em seu esposo, no papado de Vigilio I, incompatibiliza a aceitação que um mesmo corpo possa vir a ter a ressurreição (excessão feita a Jesus, Lázaro e outros poucos Catalépticos).
A reencarnação tornou-se heresia e seus adeptos passaram a ser perseguidos. Apesar disso e das perseguições que se seguiram aos então considerados "hereges", muitos doutores da igreja continuaram acreditando e divulgando os legítimos princípios da reencarnação. Em nossos dias, no seio da igreja contemporânea, cultos sacerdotes, em caráter sigiloso, continuam aceitando a tese reencarnacionista. Sim, meus amigos, o espiritismo tem como pedra angular a reencarnação que, racionalmente, explica todos os meandros da evolução do espírito.

REFERÊNCIAS:

ANDRADE, Hernani Guimarães.
Reencarnação no Brasil

(Extraído da Revista Cristã de espiritismo nº 08, páginas 34-35)

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