Na abordagem que fiz, ontem, na Maçonaria sobre a felicidade, tive o
prazer de elaborar algumas reflexões sobre aquilo que os filósofos
gregos da antiguidade chamavam de "eudaimonia - ou seja, a prática das
virtudes seria responsável pelo sentimento da felicidade. essa posição
dos gregos está consentânea com o pensamento de Jesus e dos espíritos
superiores dentro do espiritismo: Fazer o bem é o que produz a real
felicidade, consistente, concreta e cada vez mais perene. "Faça ao
próximo o que desejaria que este vos fizesse". Aí está toda a lei e os
profetas. Buscar a felicidade nos benefícios que possa receber, seja dos
céus ou de alguém, é inverter o funcionamento real da grande Lei. É
alimentar o egoísmo e crer que "ter coisas", ou obter bens seria
caminhar para ser feliz.
Precisamos dar um salto nessa percepção e creio que um número cada
vez maior de almas vem ampliando a sensibilidade nessa direção. O
altruísmo, a solidariedade, a compaixão, a generosidade, são virtudes
capazes de desencadear um estado de saúde integral, de bem estar
emocional e psíquico, de felicidade, de plenitude. A ascenção no que diz
respeito à vivência das virtudes merece, de qualquer estudioso do tema
felicidade dedicada e acurada atenção. Mais que nunca isso vem sendo
tornado palpável pelo simples resultado apresentado à humanidade, em
todo esse período em que o egoísmo tem sido elemento predominante em
nossas relações. As lágrimas anseiam por mãos que as enxugue; as dores
esperam corações que as amenize; a desesperança anseia por quem lhe
acenda, no céu tenebroso, a estrela de recomeço, da esperança.
Estavam certos, sim, os grandes filósofos do passado: as virtudes,
elas, sim, produzem a felicidade, em todas aas sociedades e em todos os
espíritos. Fazem cintilar a consciência. É lá, conforme explicitam os
benfeitores da legião da Verdade, que se encontram inscritas as Leis de
Deus.
por Frederico Menezes
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