Como sempre, não ficarei em cima do muro numa análise do que vem
ocorrendo nas nossas casas todos os dias, via televisão. Um grande
amigo, Joaquim Canuto, enviou-me um texto do arcebispo auxiliar de
Aracaju referente ao programa BBB, da Rede Globo. E concordo
integralmente com o que o arcebispo escreveu.
A quem interessa solapar as bases da decencia, do equilíbrio
familiar, com o baixo nível do que é apresentado pelo programa da Rede
Globo? É indiscutível que os valores mais dignos do ser humano são ali
afrontados. Pessoas segregadas, embriagando-se em cada festa e os
desentendimentos aflorando como se fossem simples objetos dos mais vis
instintos. A promiscuidade grassa ali. E não vai aqui qualquer laivo de
puritanismo. Não tenho esta característica. É apenas a constatação da
degradação, preocupante mais ainda pela força do exemplo negativo que
está chegando para muitos jovens, grande admiradores da insanidade do
Big Brother.
O programa agride não só os seus participantes, chamados de heróis
pelo apresentador do programa. Está na internet e nas rádios enquetes
relativas a quem deve sair ou ficar na casa lamentável e dolorosa. E
mobiliza milhões de almas em sua grande audiencia. Perdoe-me os que
gostam de assistí-lo mas é a burrificação e a vulgarização de cada um de
nós, os que paramos para assistir seus descalabros. Em nada enriquece (
a não ser materialmente o vencedor da prova vulgar ) quem se detem para
assistir o programa. E contribui para a desestruturação de muitos lares
pois elementos nocivos ao bem estar espiritual da família ali se
propaga como coisas certas e naturais. E não são.
Oremos para que nossas emissoras de tv alcancem logo o dia em que
saberão propagar o melhor e contribuirão para a educação das almas, com
os programas instrutivos. E quando abordarem o lazer, que tambem é
importante para a vida do ser humano, o farão em bases de coisas sadias,
enriquecedoras dos valores mais caros da solidariedade, da cultura, do
belo, das artes como um todo. Façamos, ainda, nossa parte, conversando
com nossos filhos e avaliando a queda moral e emocional que se apresenta
nesses programas bárbaros. E se depender de nós, desligar e mudar de
canal, a fim de que a sombra ali veiculada não se faça imagem em nossa
tela mental, espalhando perturbação em nossas vidas. Exagero ? não, não
creio que o seja. "Sim, sim, não, não". Eis a clareza solar da postura.
por Frederico Menezes
por Frederico Menezes
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