Que
reflexões podemos retirar da questão semana santa e doutrina espírita?
Em primeiro lugar a doutrina espírita não adota práticas especiais neste
feriado de cunho religioso, como também em outros, portanto, não há
celebração especial nesta data por parte do movimento espírita, embora
haja atitude de respeito às expressões de fé instituídas no Brasil há
séculos.
Entretanto
a época abre espaço para reflexões e nesta oportunidade remeto à busca
de qual o sentido desta data para nós os cristãos em geral? Não vou me
deter no fato histórico, na busca das responsabilidades, no grau do
sofrimento ou até que ponto Jesus provocou ou não a ocorrência daquele
fato. Estas Informações são discutidas exaustivamente nos livros e
revistas que tratam deste fato histórico.
Espíritos amigos informam que nestas datas relevantes para a comunidade cristã, espíritos benfeitores prestam homenagem à Jesus pois a terra (leia-se comunidade cristã) é tomada por clima de prece, de sentimento de amor, sua psicosfera
encontra-se mais suavizada e auxilia nas ações de amparo a espíritos em
dificuldades, sofredores, tanto encarnados, quanto desencarnados.
Estes
espíritos bondosos são gratos à Jesus, pela sua mensagem e testemunho
de amor e expressam na prática da caridade direcionada aos espíritos
terrenos, principalmente os de coração mais endurecido, que ainda estão
envolvidos nas teias da revolta. Eles enfrentam o desafio de amar mais
os que ainda odeiam muito e oferecem à Jesus cada coração que
conseguiram tocar com a mensagem libertadora do amor.
A
Paixão de Cristo seria a etapa mais importante da sua tarefa? Não na
visão espírita que ao invés de selecionar o momento mais importante delega a toda a sua história igual grau de importância.
Derivado desta percepção, caso ele queira colocar no seu lar uma imagem
que represente Jesus escolhe uma em que ele se encontre ativo,
acolhendo, ensinando, curando em vez de representá-lo crucuficado, em
sofrimento. Para o espírita Jesus é Mestre por excelência, é um educador
que ensina-nos como agir rumo ao sumo bem. Não seria o derramamento do
sangue que teria significado, mas toda sua trajetória que ensina-nos
como vencermos-nos, como agirmos como filhos de Deus
Mas que lição poderíamos retirar destes dias? A trajetória caracterizada pela semana santa seria a desconstrução das verdades adotadas até aquela data. Jesus inaugura uma nova fase pautada na compreensão de Deus Pai, misericordioso, que acolhe os que sofrem, que não desampara e o próprio Jesus que traz como marca maior o servir e o amar ambos como exercício da humildade.
Jesus
desconstrói verdades recolocando em seu lugar a outras, por isto a
humanidade não conseguiu suportá-lo. Nestes dias fica a reflexão para
todos nós cristãos: já temos construído tais princípios em nossa vida?
Se hoje ainda reconhecemos a dimensão do desafio de ser cristão,
avaliemos naquela época. Por isto Jesus falava a todos nós, reconhecendo
a importância das reencarnações futuras, porque sabia que ainda não
poderíamos suportar sua mensagem.
Por Joedla Rodrigues de Lima
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